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Rádio Costa Oeste
Para
conter a alta do preço do milho no mercado interno, a Secretaria de Política
Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)
encaminhou à equipe econômica do governo proposta de isenção de PIS/Cofins para
a importação do grão até o fim do ano.
A
medida visa a atender às regiões deficitárias que precisam comprar o grão de
outros países produtores, principalmente da Argentina e do Paraguai. Apesar da
alíquota de importação nos países do Mercosul ser zero, as compras externas têm
a incidência de 1,65% de PIS e de 7,6% de Cofins.
O
secretário de Política Agrícola, Neri Geller
argumenta que considerando o preço médio de importação nos últimos três
anos, de US$ 149,40 a tonelada, a incidência dos tributos de 9,25% representa
um custo adicional de US$ 13,80 por tonelada. Assim, esses tributos geram
acréscimo aos importadores do cereal.
A
redução na produção da safra de inverno, de 11,6 milhões de toneladas,
provocada pelas adversidades climáticas, fez com que houvesse escassez do grão
em algumas regiões do país. A colheita do milho 2ª safra está estimada em 43
milhões de toneladas.
A
avicultura e suinocultura representam, respectivamente, 52% e 25% da demanda
nacional. De acordo com Geller, estes setores são dependentes do comportamento
do mercado de milho na formação de suas receitas. Em média, o grão representa
70% do custo da ração das aves.
O
secretário destaca que a isenção desses tributos será uma forma de melhorar o
equilíbrio da rentabilidade das cadeias produtivas de carnes e ovos.
Outra
alternativa em negociação com o governo é o aumento do limite de venda de milho
nas operações do Programa de Venda em Balcão, da Companhia Nacional de
Abastecimento (Conab).
Para
as regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul, o limite sairia de 6 mil para 14 mil
quilos de milho por comprador. Já para o Nordeste e Norte, passaria de 6 mil
para 10 mil quilos por beneficiário/mês. Os preços de referência da venda
direta levam em conta as cotações do produto no mercado local.
A
decisão sobre o aumento do limite de venda do milho em balcão deve
ser tomada pelo Conselho Interministerial de Estoques Públicos de
Alimentos (Ciep), formado pelos ministros da Agricultura, da Casa Civil, da
Fazenda e do Desenvolvimento Social e Agrário. A resolução deve ser publicada
nos próximos dias no Diário Oficial da União.
Fonte: Assessoria