Em um julgamento que ocorreu nesta terça-feira (4), três indivíduos foram julgados pelo assassinato de Vitor Hugo Rosa da Silva, um jovem de 25 anos, em São Miguel do Iguaçu. O crime, que aconteceu em 2018 dentro de um açougue no distrito de São Jorge, chocou a comunidade local. Vitor Hugo, que trabalhava no estabelecimento, foi brutalmente assassinado com vários disparos de arma de fogo.

Segundo informações do inquérito, o atirador se disfarçou de cliente para cometer o crime. O Ministério Público apontou vingança como possível motivo para o assassinato, levantando suspeitas de que os acusados acreditavam que Vitor Hugo estivesse envolvido no desaparecimento de uma pessoa na região.

O juiz Itamar Mazzo Schimits proferiu a decisão, acolhendo a deliberação do Conselho de Sentença. “Acolhendo portanto a decisão do Conselho de sentença, julgo parcialmente procedente a denúncia para o fim de condenar os acusados, Josemar dos Santos Gonçalves e Eduardo de Souza, já qualificado, como incurso nas sanções do Artigo 121 parágrafo 2º incisos I e IV do Código Penal e absolver o acusado Guilherme Augusto Lopes Moreira, das imputações de homicídio qualificado,” declarou o magistrado.

Josemar dos Santos Gonçalves, com antecedentes e maus registros, recebeu uma pena base de 14 anos e 3 meses de reclusão, que foi aumentada para 18 anos e 9 meses devido à reincidência e outras qualificadoras. Eduardo de Souza, também com registros negativos, teve sua pena baseada em 14 anos e 3 meses, mas com atenuantes como a confissão, resultando em uma pena final de 17 anos e 3 meses de reclusão. Ambos cumprirão as penas em regime fechado, com a manutenção da prisão preventiva.

Por outro lado, Guilherme Augusto Lopes Moreira foi absolvido de todas as acusações e teve a prisão preventiva revogada. Além disso, Josemar e Eduardo foram condenados ao pagamento de R$ 5.000,00 aos familiares da vítima.

Cleber Lins, advogado de defesa, comentou sobre a duração e o resultado do julgamento: “Um julgamento de 14 horas, a acusação sustentava homicídio duplamente qualificado para o Guilherme, a defesa sustentava absolvição por negativa de autoria e após 14h de julgamento, a sociedade são miguelense decidiu por absolver o Guilherme, por a maiora de 4 votos, o Guilherme foi absolvido de todas as acusações que lhe foram imputadas.”

Fonte: Costa Oeste News