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Rádio Costa Oeste
O Expedição Costa Oeste acompanhou os bastidores da colheita do milho em São Miguel do Iguaçu, presenciando de perto os desafios e a esperança que marcam essa importante atividade para a economia da região.
Este ano, a safra foi marcada por desafios climáticos significativos, especialmente a estiagem que atingiu a região no início do ciclo da plantação.
O produtor rural, André Castanhel, da Linha Marfim, faz comparações com a colheita do ano anterior. "Tivemos uma estiagem no começo da plantação, o que causou problemas na polinização e no controle de doenças. No final, as chuvas chegaram, mas a produção ficou um pouco abaixo do ano passado, mesmo assim, ainda é satisfatória."
A estiagem também impactou a safra da produtora Viviane Sangaletti. "Começamos a colheita recentemente, e em algumas áreas a chuva foi insuficiente durante o período de desenvolvimento dos grãos. Apesar disso, a expectativa é boa e estamos conseguindo colher dentro do esperado. Ainda temos muita lavoura pela frente."
Para Juliano Bassani, produtor da Linha Nova Brasília, o impacto da estiagem foi mais severo em algumas áreas. "Aqui na nossa região, a estiagem foi forte na época do pendão do milho, afetando a produtividade de forma variável. Em algumas áreas, a perda chegou à metade da expectativa inicial."
Apesar dos desafios, o engenheiro agrônomo Rafael Pereira da LAR cooperativa agroindustrial alerta para um manejo adequado. "Tivemos diversas particularidades climáticas este ano, com oscilações significativas na produtividade até mesmo dentro do município. Estimamos uma queda de 30% na produção local e um cenário semelhante em outras regiões. Mesmo com as perdas, os produtores que seguiram as boas práticas agrícolas ainda obtiveram bons resultados. A escolha do híbrido correto para a região, a tolerância a doenças e o manejo no momento certo são fatores essenciais para minimizar os impactos do clima e garantir uma boa colheita."
Fonte: Costa Oeste News