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Com aumento de casos de coqueluche, Saúde reforça importância da vacinação

De acordo com boletim semanal do perfil epidemiológico da coqueluche, desde o início do ano foram registrados 302 casos e um óbito no Paraná.

Com aumento de casos de coqueluche, Saúde reforça importância da vacinação

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgou nesta quarta-feira (4) o boletim semanal do perfil epidemiológico da coqueluche. De acordo com o novo documento os números continuam a subir – desde o início do ano foram registrados 302 casos e um óbito no Paraná. Por ser altamente transmissível e prevenível, a Sesa alerta a população sobre a importância de manter atualizada a vacinação contra a doença.   

A maioria das confirmações deste ano é da 2ª Regional de Saúde Metropolitana, com 185 casos, seguida da 3ª RS de Ponta Grossa (35), 17ª RS de Londrina (19) e a 1ª Regional de Paranaguá (16). O óbito ocorreu em Londrina e outros quatro permanecem em investigação.  

De acordo com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), em 2019 o Paraná registrou 101 casos de coqueluche, em 2020 foram 26, em 2021 nove, em 2022 foram cinco casos e no ano passado 17.

A coqueluche é uma doença infecciosa que afeta as vias respiratórias, causando crises de tosse seca e falta de ar. Estima-se que uma pessoa com coqueluche pode infectar de 12 a 17 outros indivíduos. 

A transmissão ocorre, principalmente, pelo contato direto do doente com uma pessoa não vacinada, por meio de gotículas eliminadas por tosse, espirro ou até mesmo ao falar. Em alguns casos, a transmissão pode ocorrer por objetos recentemente contaminados com secreções de pessoas doentes.

Apesar dos sintomas serem parecidos com os de um resfriado, com febre, tosse, coriza, dores no corpo e cansaço, sem tratamento adequado a tosse pode aumentar consideravelmente.

A doença acomete principalmente crianças e lactentes até os seis meses de idade e a vacinação é a principal forma de controle. O imunizante faz parte do Calendário Nacional de Vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS) e está disponível nos postos de saúde do Estado.

“Os municípios possuem estoque das vacinas utilizadas para a proteção e imunidade das crianças. O Ministério da Saúde (MS) publicou uma nota técnica com alerta sobre a ocorrência da coqueluche no país. O Paraná segue as orientações e se mantém vigilante quanto à doença”, ressaltou o secretário de Estado da Saúde, Cesar Neves.

COBERTURA VACINAL – A imunização contra a doença nas crianças ocorre por meio da vacina pentavalente e DTP. A primeira deve ser aplicada em três doses, aos dois, quatro e seis meses de vida. Já a DTP deve ser administrada como reforço aos 15 meses e aos quatro anos. Atualmente as coberturas vacinais estão em 88,73% e 86,12%, respectivamente. Já para a dTpa, destinada aos trabalhadores da saúde e da educação e gestantes, a cobertura é de 68,93%.

AÇÕES – A Divisão de Vigilância Epidemiológica da Sesa não mede esforços para conter a doença e realiza várias ações em todo o Estado junto aos municípios. Elas incluem notas de alerta; videoconferências e capacitações presenciais com as Regionais de Saúde e municípios, além da busca ativa de gestantes e puérperas para imunização com dTpa e de crianças para atualização do esquema vacinal.

Também é realizada a vacinação de forma excepcional dos trabalhadores de saúde e educação que atuam diretamente com gestantes, puérperas, neonatos e crianças menores de 4 anos.

As medidas incluem orientação para controle de visitas e contatos de sintomáticos respiratórios aos recém-nascidos; notificação e investigação imediatamente (até 24h) dos casos suspeitos e confirmados para medidas de controle e tratamento da doença em tempo oportuno; e outras ações direcionadas aos contatos próximos e sobre a coleta para o diagnóstico.

CAPACITAÇÃO – A Regional Telêmaco Borba (21ªRS) promoveu nesta segunda-feira (3) uma capacitação para o diagnóstico, tratamento e vigilância da coqueluche, reunindo 174 pessoas, entre gestores e profissionais da saúde. Desde o início do ano já foram promovidos seis encontros com os profissionais das regionais para o aprofundamento do assunto e atualização do cenário paranaense.   

Veja o esquema vacinal:


Vacina pentavalente


Imuniza contra difteria, tétano, coqueluche, haemophilus influenza do tipo B e hepatite B        


Crianças:


1ª dose (2 meses)


2ª dose (4 meses)


3ª dose (6 meses)


Vacina DTP


Previne a difteria, o tétano e a coqueluche (ou pertussis)    


Reforço (15 meses)


Reforço (4 anos)


Vacina dTpa


Previne a difteria, o tétano e a coqueluche (ou pertussis)    


Todos os profissionais de saúde


Gestantes a partir da 20ª semana (a cada nova gestação)


Trabalhadores de saúde que atuam em maternidade, berçários, UTI neonatal e Unidade de Cuidados Intermediários Neonatais


Trabalhadores da educação que cuidam de crianças até 4 anos



Fonte: AEN

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