Entre os dias 5 e 7 de dezembro, São Miguel do Iguaçu sediou o Dia de Campo da Uniguaçu, evento que reuniu mais de 10.000 participantes e cerca de 100 expositores para apresentar projetos e práticas voltadas ao agronegócio local. Organizado pela faculdade, o encontro conectou alunos, produtores e pesquisadores em torno de temas como produtividade e manejo sustentável do solo.  

Durante o evento, alunos da Uniguaçu apresentaram trabalhos que buscaram unir conhecimento técnico e experimentação prática. Uma das propostas destacadas foi o uso de misturas de plantas de cobertura, como sorgo, aveia preta e nabo, que combinam benefícios como retenção de água e aumento da matéria orgânica.  

"Procuramos integrar características complementares das plantas para melhorar o solo e otimizar o desempenho das culturas principais", explicou Pedro Afonso, um dos alunos envolvidos no projeto.

Outra iniciativa foi o estudo do feijão guandu, que pode ser utilizado para melhorar a qualidade do solo. A planta auxilia na retenção de umidade, promove o equilíbrio microbiológico e gera matéria orgânica.  

O gergelim foi apresentado como uma alternativa econômica promissora para a região. Alunos desenvolveram uma área experimental para avaliar como a planta se adapta ao clima e solo locais, abrindo possibilidades para exploração comercial futura.  

“O gergelim está sendo amplamente cultivado em outras regiões e, com base nos resultados obtidos aqui, pode ser uma opção viável para os produtores locais”, ressaltou Felipe Croda, estudante de agronomia.

O evento contou com o envolvimento de estudantes, professores e produtores, gerando trocas de conhecimento e propostas aplicáveis ao dia a dia das propriedades rurais. A direção da Uniguaçu enfatizou as iniciativas como esta para aproximar a academia das demandas práticas do setor agrícola.  

“O Dia de Campo nos permitiu testar e apresentar soluções que podem contribuir diretamente para o trabalho no campo. Ficamos satisfeitos com o engajamento de todos e com os resultados alcançados”, avaliou Rodrigo Tinini, professor de Zootecnia.

Fonte: Costa Oeste News