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Rádio Costa Oeste
A soja opera em baixa na CBOT, com o contrato de maio a US$ 1.003,25 (-8,0 pts), refletindo o impacto da iminente entrada da safra brasileira e as preocupações com a guerra comercial dos EUA. As tarifas impostas por China e Canadá aumentam os temores sobre a economia norte-americana, especialmente com o fim da trégua tarifária em 2 de abril. No Brasil, o indicador Cepea registra R$ 134,52 (-0,25% no dia, +0,07% no mês).
“À medida que aumenta a pressão pela entrada da safra brasileira no mercado, a soja está sendo negociada em baixa em Chicago devido aos temores dos investidores sobre os efeitos recessivos que a escalada tarifária do governo Trump e as medidas retaliatórias anunciadas pelos países afetados, com tarifas já em vigor pela China e Canadá, podem ter sobre a economia dos EUA”, comenta.
O milho também recua, com o contrato de maio a US$ 463,25 (-7,0 pts) em Chicago, após o USDA manter os estoques finais dos EUA acima das expectativas e revisar a demanda chinesa para 8 milhões de toneladas, uma queda de 65,83% em relação à safra anterior. A aceleração do plantio da safrinha no Brasil adiciona pressão sobre os preços. No mercado interno, o milho é cotado a R$ 89,08 pelo Cepea (+0,63% no dia, +1,82% no mês).
“Esses fatores de baixa inerentes ao mercado agrícola, aos quais se soma a aceleração do plantio da safrinha brasileira, refletem-se em um mercado que vive diariamente tensões e incertezas devido à amplitude da guerra comercial 2.0 desencadeada pelo governo Trump”, completa.
O trigo segue a tendência de queda, com maio a US$ 552,75 (-4,0 pts) na CBOT. O aumento dos estoques finais dos EUA, projetado pelo USDA, e as negociações por um cessar-fogo no Mar Negro impactam os preços. No Brasil, o Cepea aponta alta no Paraná (R$ 1.513,70, +0,09%) e no Rio Grande do Sul (R$ 1.359,91, +1,13%), sustentados pela variação cambial e preocupações macroeconômicas nos EUA.
Fonte: Agrolink