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Piscicultores do Paraná buscam soluções para combater doenças na tilápia

Mortalidade causada por bactérias gera prejuízo ao setor, mas especialistas apontam estratégias para minimizar as perdas.

A produção de tilápia, um dos pilares da economia do oeste do Paraná, enfrenta um grande desafio: a mortalidade dos peixes causada por doenças bacterianas. Para discutir soluções e melhorar a sanidade da criação, piscicultores e especialistas se reuniram em um seminário no município de São Miguel do Iguaçu. Entre as principais preocupações estão os impactos financeiros e a busca por medidas eficazes para conter as enfermidades.  

Atualmente, as doenças mais comuns na tilapicultura brasileira são causadas por bactérias como streptococos e lactococcus, além de outras gran-negativas, como a Francisella, que preocupa especialmente a região sul do país. Segundo especialistas, as perdas chegam a 3% a 5% da produção nas propriedades monitoradas, o que significa 200 toneladas a menos no mercado.  

"Identificamos que há um aumento da mortalidade principalmente no verão. Para lidar com isso, buscamos parcerias e especialistas para orientar os produtores sobre as melhores práticas", explica Carlos Leal - Dr. em Ciências Veterinárias.  

Entre as principais estratégias para minimizar os impactos das doenças, os especialistas destacam a vacinação, suplementação nutricional e investimentos em biossegurança. Segundo o especialista Carlos Leal, referência nacional no tema, a adoção dessas medidas pode garantir mais segurança à produção e reduzir os prejuízos.  

"Não há uma solução única, mas sim um conjunto de práticas que podem fazer a diferença. O uso de vacinas, suplementos e um bom controle sanitário são fundamentais para manter os peixes saudáveis e a produção sustentável", explica Leal.  

Mesmo diante dos desafios sanitários, o setor da tilapicultura no Paraná segue otimista. Especialistas comparam o cenário com o enfrentado por outras cadeias produtivas, como as de frango e suínos, que superaram desafios semelhantes e se consolidaram no mercado internacional.  

"O peixe não será diferente. O setor precisa enfrentar essas dificuldades e investir em soluções para mitigar os problemas. A tilápia brasileira tem um enorme potencial de crescimento, tanto no mercado interno quanto na exportação", afirma Maikon Hilgert - Psicultor.  

Com a troca de informações e a adoção de novas práticas, os piscicultores esperam reduzir as perdas e garantir uma produção cada vez mais eficiente. O Paraná já é a principal região produtora de tilápia do Brasil e pode se tornar um dos líderes globais do setor.

Fonte: Costa Oeste News

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