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São Miguel do Iguaçu: Cineasta defende valorização da cultura no município

Gui Almeida, cineasta e produtor cultural, nasceu em São Miguel e construiu uma sólida trajetória em Curitiba, onde desenvolveu projetos autorais na área do audiovisual.

São Miguel do Iguaçu: Cineasta defende valorização da cultura no município

A cultura é um dos pilares fundamentais para o desenvolvimento de uma sociedade mais crítica. No entanto, a realidade de muitas cidades do interior brasileiro evidencia um processo contínuo de sucateamento e abandono das iniciativas culturais. É o que acontece em São Miguel do Iguaçu, no oeste do Paraná, conforme relatou Gui Almeida durante entrevista à rádio Costa Oeste FM, nesta quarta-feira (09).

Gui Almeida, cineasta e produtor cultural, nasceu em São Miguel e construiu uma sólida trajetória em Curitiba, onde desenvolveu projetos autorais na área do audiovisual e participou de iniciativas culturais premiadas. Apesar da carreira fora, ele decidiu retornar à cidade natal com o objetivo de compartilhar conhecimento e fomentar o interesse local pela arte cinematográfica. Junto com o irmão Matheus Almeida, também envolvido com produção cultural, os dois deram início à oficina de audiovisual.


Almeida destacou que "a ausência de políticas públicas consistentes de incentivo à cultura, aliada à falta de espaços físicos adequados, como centros culturais ativos e funcionais, [gera um problema]. O desinteresse, por parte da população, não pode ser analisado de forma superficial. Trata-se, na verdade, de uma consequência de anos de negligência institucional, que enfraqueceu o hábito de consumir e valorizar produções culturais locais".

O cineasta ainda reforçou: “Não é falta de talento, é falta de oportunidade. Existem muitos jovens com potencial aqui, mas sem acesso, esse talento fica escondido ou é desperdiçado.”

Segundo Gui Almeida, sem incentivo, a cultura perde espaço; sem cultura, a população perde o costume de apreciá-la. Para ele, iniciativas como a que promove ao lado do irmão são essenciais para interromper esse ciclo. A descentralização cultural permite o resgate da identidade local e abre espaço para talentos anônimos.

Almeida encerrou a entrevista afirmando que a valorização da cultura local vai além do entretenimento: é um investimento em desenvolvimento humano, memória coletiva e consciência social.

Por: Raiza Comin (estagiária)

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