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Rádio Costa Oeste
Durante participação ao vivo na Rádio Costa Oeste, na manhã desta segunda-feira (15), o coordenador regional da Escola de Pais do Brasil em São Miguel do Iguaçu, Francisco Castanhel, anunciou a nova fase do projeto, que completa duas décadas de atuação no município. O ciclo de palestras começa nesta quarta-feira (17), às 19h30, na Escola Vitorino Barbiero.
“Estamos há 20 anos em São Miguel do Iguaçu e ainda tem muita gente que não conhece a Escola de Pais. Isso também é responsabilidade nossa, que não conseguimos mostrar com clareza o que fazemos”, afirmou Francisco.
A nova campanha, batizada de "Escolha Fazer Melhor", será realizada durante o mês de abril com o objetivo de ampliar a visibilidade da iniciativa, que trabalha de forma voluntária com famílias e comunidades locais. Segundo Francisco, os encontros são abertos ao público, gratuitos e contam com estrutura para acolher pais acompanhados de crianças pequenas.
“Quem quiser pode chegar direto lá na escola. Vai ter cuidador para os pequenos, um lanchinho e, principalmente, muito acolhimento. A gente não julga ninguém. Só queremos conversar e compartilhar experiências”, explicou.
O grupo de voluntários também cresceu recentemente. “Até pouco tempo éramos nove. Agora já somos 11, contando com duas pessoas que estão em processo de integração”, contou o coordenador. O formato permanece o mesmo: rodas de conversa em que temas são lançados e os participantes compartilham vivências e dúvidas sobre a criação de filhos e os desafios da parentalidade contemporânea.
Francisco relembrou o início da Escola de Pais no município e destacou como o projeto também teve impacto pessoal. “É difícil mensurar o alcance, mas consigo perceber o quanto eu mesmo mudei nesses anos. Entendi que a mudança que queremos na sociedade começa pela minha própria participação.”
Sem solenidade oficial para celebrar o aniversário, os voluntários optaram por continuar atuando como forma de marcar a data. “A melhor maneira de comemorar é trabalhando. O voluntário comemora trabalhando”, resumiu.
Durante a entrevista, temas atuais como o uso excessivo de telas e o distanciamento emocional entre pais e filhos também foram debatidos. Francisco comentou sobre a influência do comportamento dos adultos: “A gente precisa inverter a pergunta. Em vez de perguntar por que as crianças ficaram reféns do celular, temos que perguntar por que os adultos ficaram.”
Ao final, reforçou o convite: “Quem quiser conhecer mais, conversar, desabafar ou apenas ouvir, vai ser bem-vindo. É só chegar.”
Fonte: Costa Oeste News