A dengue continua sendo uma das principais ameaças à saúde pública no Brasil. A proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, está diretamente associada ao acúmulo de lixo, à água parada e ao desequilíbrio ambiental. Esse cenário exige não apenas ações pontuais, mas um esforço conjunto entre sociedade civil, poder público e instituições locais.

No município de São Miguel do Iguaçu, ações de conscientização têm sido desenvolvidas com apoio de lideranças ambientais. A Coordenadora Ambiental Dejane Dondorsola abordou a responsabilidade coletiva no cuidado com o ambiente urbano, destacando como atitudes diárias impactam diretamente na presença do mosquito transmissor. Já Roseli Espíndola, sócia fundadora da Associação da Casa da Amizade, reforçou a ligação entre saúde pública e organização comunitária, afirmando que mudanças reais acontecem quando há envolvimento e continuidade no trabalho local.

A iniciativa mostra que o combate à dengue ultrapassa o campo da medicina e se insere no debate ambiental e social. Locais com acúmulo de resíduos, descarte irregular e falhas no saneamento tornam-se pontos propícios para focos do mosquito. Portanto, não se trata apenas de eliminar água parada, mas de compreender que a forma como se trata o ambiente influencia diretamente na propagação da doença.

Diante disso, projetos educativos, como o realizado em São Miguel do Iguaçu, desempenham papel essencial na mobilização popular. A prevenção eficaz depende de informação acessível, mudanças de comportamento e políticas públicas que atendam às necessidades reais das comunidades. Somente com esforço coletivo é possível reduzir os impactos da dengue e construir um ambiente mais saudável e equilibrado

Haverá um evento promovido pela Casa da Dengue em São Miguel do Iguaçu nesta sexta-feira (25) as 08h30, na rua Getúlio Vargas. Todos estão convidados a participar, com o objetivo de discutir ações de combate à dengue e reforçar a colaboração da população na prevenção da doença. 

Por: Raiza Comin (estagiária)