O corpo encontrado na tarde da última quarta-feira (10), em uma praia de Ilha Comprida, na região do Vale do Ribeira, no litoral de São Paulo, é mesmo do tripulante búlgaro que estava desaparecido após cair de um navio no litoral paranaense no início do mês. A informação foi confirmada na tarde desta quinta-feira (11) por um outro tripulante que esteve no Instituto Médico Legal (IML) de Registro para reconhecer a vítima, identificada como Radoslav Atanasov, de 49 anos.
A suspeita inicial era de que o corpo seria de um dos pescadores que desapareceram no litoral de São Paulo há duas semanas, no entanto, ele não foi reconhecido por nenhuma das famílias. Quatro pescadores ainda continuam desaparecidos.
Já no início da noite de quarta-feira o G1 apurou que a características identificadas pelos legistas, como uma cicatriz no peito e a falta de dois dentes, eram semelhantes àquelas informadas às autoridades portuárias do Paraná e que o corpo poderia ser do tripulante búlgaro desaparecido desde o dia 2.
Os detalhes foram confirmados por um outro tripulante e por um representante da empresa marítima Orion, responsável pelo navio "Slavyanka".
"Segundo relato de outros tripulantes ele tinha perdido dois dentes em um acidente dentro do próprio navio alguns dias antes de desaparecer, e isso acabou ajudando na identificação. além de ferimentos no braço e as roupas", explicou Cleverson Almindo. Após a confirmação, a Capitania dos Portos do Paraná informou que encerrou oficialmente as buscas.
Investigação
O navio com bandeira de Malta estava ancorado na área externa da baía de Paranaguá, entre a Ilha da Galheta e a Ilha Currais, onde aguardava para atracar no Porto de Paranaguá para descarregar fertilizantes, quando houve o acidente.
Segundo o representante da empresa marímita, a Polícia Federal agora deve investigar as causas da morte. "A Polícia Federal está investigando. Peritos e a delegada devem tentar descobrir se foi uma fatalidade ou qualquer outra coisa. Vamos aguardar a liberação do corpo até Paranaguá e as decisões das autoridades", diz Almindo.
Fonte: G1