Professores da rede estadual de ensino realizaram uma manifestação na Praça Santos Andrade e uma passeata até o Centro Cívico de Curitiba para lembrar o dia 30 de agosto de 1988. Naquele dia, a Polícia Militar do Paraná usou cavalos, cães e bombas de efeito moral para dispersar docentes em greve que protestavam na Praça Nossa Senhora da Salete.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP- Sindicato), 7.000 pessoas participam do ato. A Polícia Militar informou que às 11h50 eram 5.500 manifestantes.
A mobilização recebeu o nome de Dia de Luto e de Luta. Há 28 anos, o governador do estado era o senador Alvaro Dias.
Com faixas, cartazes e carros de som, os professores também protestaram contra o governador do Paraná Beto Richa (PSDB), pedindo o pagamentos das progressões e promoções de carreira que estão atrasadas. Houve ainda manifestações contrárias ao presidente em exercício Michel Temer (PMDB).
O ato comprometeu dia escolar em diferentes cidades do estado, uma vez que professores do interior também participaram. A Secretaria Estadual de Educação afirma que esta terça-feira é dia letivo normal e que diante da mobilização a orientação é para que os pais liguem para os colégios antes de levarem os filhos.
O número de instituições de ensino que tiveram aulas canceladas está sendo levantado pela Secretaria de Educação. Ainda nesta terça-feira deve ser realizada uma reunião entre representantes do sindicato e do governo estadual.
O presidente do APP- Sindicato, Hermes Leão, menciounou durante a manifestação o dia 29 de abril, quando a Praça Nossa Senhora da Salete novamente virou cenário de ação violenta contra professores em greve.
De acordo com a Prefeitura de Curitiba, agentes da Secretaria Municipal de Trânsito e da Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran) acompanhando os manifestantes.
Fonte: G1