De acordo com uma portaria publicada pelo Ministério Público, será apurado o fornecimento de alimentação para o sistema carcerário de Cascavel, sem os devidos cuidados sanitários.
O inquérito civil foi instaurado pela 9ª Promotoria de Cascavel, por meio do promotor ??ngelo Mazzuchi, que também pede que os diretores da PIC (Penitenciária Industrial de Cascavel), PEC (Penitenciária Estadual de Cascavel) e da carceragem da 15 ª SDP (Subdivisão Policial) sejam oficiados, questionando quais empresas fornecem os alimentos aos detentos.
A alimentação dos presos já é reclamação antiga, inclusive da Comissão de Direitos Humanos da OAB (Ordem de Advogados do Brasil).
Além das questões sanitárias citadas pelo Ministério Público, o que também chama a atenção é o valor dessas marmitas fornecidas. De acordo com o Depen (), para a PEC e a PIC, por exemplo, apenas um contrato de três refeições diárias para cada preso, pelo valor de R$ 10,41. O número de marmitas fornecidas varia de acordo com o número de presos nas duas penitenciárias: se hoje forem 600 presos nas duas unidades, o valor diário passa de R$ 6 mil e por mês o investimento seria de R$ 187 mil.
A empresa que fornece alimentação as duas penitenciárias não é a mesma que presta o serviço na carceragem da 15ª SDP. A principal reclamação é de que no cadeião, há muito desperdício de alimentos.
O fator também é considerado um dos principais estopins para as recentes fugas na cadeia pública. Foram duas neste mês, a mais recente no último sábado (27), quando seis presos fugiram, mas foram recapturados, sem contar as tentativas de saída por meio de túneis, entre outros.
Por meio de nota, o Depen informou que a empresa que fornece a comida a PEC e a PIC é a MBG Alimentação e Serviços LTDA. São três refeições diárias, café, almoço e jantar, mas o departamento não comentou sobre a investigação instaurada.
Já a alimentação dos presos da 15ª é de responsabilidade da Polícia Civil, ambos os setores fazem parte da Secretaria de Segurança Pública do estado.
Fonte: Catve