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Mr. Catra emagrece, quer fazer novela e se arrisca no brega e sertanejo

  • 31/08/2016
  • Foto(s): Divulgação
Mr. Catra emagrece, quer fazer novela e se arrisca no brega e sertanejo
Conhecido por hits "proibidões" e, mais ainda, por seu estilo de vida ostensivo, Mr. Catra está em fase audiovisual. Ele estreou o programa "Bagulho louco", no Multishow; estará em "O roubo da taça", nos cinemas no próximo dia 8, e tem planos de uma cinebiografia.

Para conquistar as telas, ele precisou reduzir os palavrões e as calorias. O funkeiro encarou uma dieta radical, indicada por uma médica ortomolecular. Perdeu 11 quilos. "Foi uma questão de saúde também. Já não estava rendendo tanto nos shows. Cheguei a levar um tombo e precisei ficar internado. Dei um basta", conta Catra.

O filme, inspirado no caso do roubo da taça Jules Rimet em 1983, é seu quinto trabalho no cinema. Já na TV, Catra é novato - havia feito apenas pequenas participações - e admite que bateu nervoso na estreia, mas já almeja voos maiores. "Eu amo interpretar. Gostaria muito de fazer uma novela da Glória Perez."

Kayne West brasileiro?

No "Bagulho louco", o cantor recebe outros artistas para bater papo e fazer um som ao vivo. O programa terá sete episódios, exibidos uma vez por semana. No primeiro, o funkeiro se juntou a Caetano Veloso. "Kanye West e Paul Mccartney", brincou, ao compartilhar uma foto com o convidado no Facebook.

O compositor baiano cantou alguns de seus sucessos e até se arriscou em "Um tapinha não dói" nos bastidores. A intenção é ir muito além do funk na atração. "Minha ideia é um papo com os amigos do rap, samba, mpb, sertanejo... algo bem descontraído com música de qualidade", afirma Catra. "Circulo muito bem em todos os ambientes musicais."

Certo dessa autoavaliação, ele leva a versatilidade também à carreira musical. Em 2012, lançou o disco "Com todo o respeito ao samba" e, no ano passado, engatou um projeto de rock pesado com a banda Os Templários. Agora, revela ter prontos trabalhos de hip hop, sertanejo e brega, previstos para saírem no ano que vem.

Mas ainda é um defensor ferrenho do gênero que lhe deu fama: "Eu nunca tive dúvidas que nosso ritmo ia longe. Veja de onde saíram as cantoras que se apresentaram nas Olimpíadas. Anitta e Ludmilla são funkeiras". E alfineta a nova geração: "O funk é como uma boa mãe, que está sempre de braços abertos. Se essa galera vem para nos representar bem, dou o maior apoio. Mas, se sugar e depois falar que não é MC, aí vai arrumar briga com papai."

'A sociedade gosta de quem mente'

Atualmente, a conta de Catra está em quatro mulheres - o número muda com frequência - e 32 filhos. Com uma família tão grande, diz que foi afetado pela crise econômica - "e quem não foi?" -,  mas defende suas escolhas, criticando conservadores. "Acho que a sociedade gosta de quem mente para ela, estão aí os políticos que não me deixam mentir. Eu não falto com a verdade com ninguém. Sempre dou oportunidade para quem está comigo". Ele também se define como "feminista". "As mulheres são a minha fonte de energia."

Cercado por controvérsias, o funkeiro mantém negociações com a produtora Paula Lavigne para tirar do papel o filme sobre sua vida. Se concretizado, a produção contará a história do garoto filho de uma empregada doméstica que, após ser abandonado pelo pai, foi criado pelos patrões da mãe, se formou em Direito e voltou à favela para seguir carreira no funk.

Fonte: G1

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