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Brasil derrota a Colômbia com gols de Miranda e Neymar em Manaus

  • 07/09/2016
  • Foto(s): Divulgação
Brasil derrota a Colômbia com gols de Miranda e Neymar em Manaus
Se acredita ter contas a acertar com os colombianos, é na bola que Neymar irá sempre superá-los. Seu único deslize do jogo foi, por um lance, ameaçar optar pela valentia, a disputa pessoal. No mais, o drible, o passe, a busca por armar o jogo, o córner para o gol de Miranda e a finalização que decretou o 2 a 1 mostraram um arsenal que poucos têm igual.

A vitória em Manaus mostra algo mais. Se o Brasil sofreu até o apito final foi pela simples razão de que o futebol não oferece crédito por dominar, fazer tudo o que manda a cartilha para vencer um jogo, e não converter. Foi mais apertado do que nos 3 a 0 de Quito, mas a seleção exibiu até mais repertório, cresceu. Porque foi colocada sob novos desafios, novas situações de jogo. E venceu. Vai por ótimo caminho.

A seleção treinada por Tite chegou a 15 pontos em oito rodadas, um atrás do lider Uruguai e empatado com a Argentina, mas em vantagem no saldo.

Miranda abriu o placar de cabeça logo no primeiro minuto de partida. A Colômbia empatou em um lance infeliz de Marquinhos, que desviou de cabeça contra o gol de Alisson. No segundo tempo, Neymar garantiu a vitória com um belo chute cruzado.

Há algo de maturidade de jogo, de saber exatamente qual sua ideia, seu plano para superar um adversário, que por vezes a seleção brasileira com Tite parece ter adquirido rápido demais para um time de futebol em início de trabalho. Foi graças a isto que, por boa parte do primeiro tempo, transmitiu muito mais sensações boas do que ruins. Quando Marquinhos cabeceou contra o próprio gol, era até difícil entender o lance do empate colombiano como consequência de algo que não um lance isolado. Não cabia no roteiro do jogo.

Possivelmente, quem via o jogo especulava, em dados momentos, se não havia mais brasileiros do que colombianos no campo. ?? o que Tite e outros técnicos chamam de ???jogo apoiado???. Raramente havia um só jogador da seleção em torno da bola, ou perto dela, dando opções de passe. Marcelo, Neymar e Renato Augusto de um lado, Daniel Alves, Willian e Paulinho de outro. Ou mesmo troca de posições entre eles, a mobilidade de Gabriel Jesus, longe de ser um 9 estático.

Assim, triangulando, criou chances que Ospina salvou, em chutes de Renato Augusto e de Neymar.

Em torno da bola o Brasil tenta organizar seu jogo. Inclusive quando não a tem, numa pressão sufocante para retomá-la. Foram 35 minutos que a Colômbia não jogou. Imaginava-se como a seleção se sairia caso o rival se fechassepara segurar o empate. Impossível dizer, porque o gol de Miranda, no primeiro minuto, abriu o placar. Claro que interferiu no jogo, ajudou a seleção a ficar à vontade. Mas se jogasse outros primeiros tempos assim, venceria. Ocorre que não há crédito por boa atuação e o jogo foi com o 1 a 1 para o intervalo.

Mas há algo de maturidade de jogo, de manter-se fiel às ideias, saber comportar-se quando o rival o coloca nas cordas no jogo, que só o tempo dá. Não há milagre em futebol. Depois do gol da Colômbia, o Brasil se viu desconfortável, sem o controle da bola. James Rodríguez mudou de lado, passou a jogar da esquerda para o centro, enganou a marcação. Ou talvez não tenha sido só o problema do tempo, do time em formação. Um gol produz efeitos, sim. O Brasil sentiu. Neymar também, num daqueles momentos em que se os problemas não são mais a provocação ou as faltas da Colômbia, é ele sob tensão. Deu entrada duríssima em Murillo. Um cartão amarelo com sensação até de alívio.

Sentiu também a Arena da Amazônia, silenciosa boa parte do tempo, com cadeiras vazias. Comportamento e e falta de gente resultantes de um ingresso mínimo a R$ 105 a meia entrada.

A sensação de que o jogo fugira da mão perdurou por mais uns dez minutos de segundo tempo. Até ficar claro que a seleção tem mais ideias de como construir jogadas. Voltou a triangular, trocar passes. Não era mais tão fácil porque já jogavam também, a afobação, o cansaço de jogadores que cruzaram oceanos, o jogo de Quito. Se fazia a bola circular e perdia gols, como os de Renato Augusto e de Miranda, o Brasil tinha menos fôlego para se agrupar e retomar logo a bola. Andou levando sustos.

Lá estava a seleção de Tite vivendo uma situação nova, em casa, precisando buscar o gol. Passar por isso e vencer ajuda a amadurecer. Tite teve pouco tempo de testar alternativas, repetiu a entrada de Coutinho por Willian, que não vinha mal. Depois lançou Giuliano pela primeira vez. O funcionamento já não era o mesmo, mas havia talento. E hoje joga-se mais em função do passe na seleção. A bola caiu com Coutinho, que deixou Neymar pronto para o preciso chute do desempate, aos 28 minutos. A esta altura, imaginar vencer e não sofrer seria pedir muito. E o fim de jogo teve certa apreensão. Outra situação nova, outra situação vencida. Vai por bom caminho a seleção brasileira.

Fonte: Geovani Canabarro c/ inf. OGLOBO

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