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Negociações não avançam e greve dos bancários continua

  • 13/09/2016
  • Foto(s): Assessoria
Negociações não avançam e greve dos bancários continua

Foi realizada na tarde desta terça-feira (13), em São Paulo, mais uma rodada de negociação do movimento sindical bancário com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos). Mas não houve avanço e nova reunião de negociação foi agendada para esta quinta-feira (15), a partir das 16h. O presidente da Federação dos Bancários do Paraná e do Sindicato de Cascavel e Região, Gladir Basso, está participando de todas as rodadas.

A entidade patronal abriu o encontro de ontem falando que gostaria de apontar caminhos em conjunto para construção de uma proposta com formato melhor. O dirigentes bancários procuraram deixar claro que o início de um consenso parte da contemplação integral da inflação e de uma discussão madura do "ganho real", do qual a classe não abre mão.

Sobre o polêmico tema "abono" proposto pela Fenaban no valor de R$ 3,3 mil os representantes bancários disseram que o mesmo sequer consta da minuta de reivindicações, e que abonos somente "mascaram" diferenças de índice, os quais nunca mais são repostos.

Na oportunidade também foram veementemente criticadas as cartas enviadas aos bancários onde a Fenaban, menosprezando a inteligência dos bancários, tentou induzir uma interpretação errada da última proposta apresentada, a qual traria enormes perdas à categoria.

Durante a negociação, Gladir Basso colocou com muita clareza que os bancários jamais pediram e sequer cogitaram abono nas negociações coletivas, que a reposição da inflação para os bancários é item tácito, o qual não requer nem discussão, e que a discussão deveria ser apenas sobre o índice de ganho real vinculado aos lucros dos bancos. ???Isso sim agilizaria as tratativas, afinal, não é o tempo de greve que leva a um acordo, mas sim a efetiva diminuição das distâncias entre reivindicado e o proposto pelos bancos???, acrescentou Gladir.

Ele também apresentou aos banqueiros um estudo realizado pela Federação dos Bancários do Paraná, mostrando as categorias que conquistaram índices de reajuste acima da inflação, muitas delas sem a necessidade de greve.

Após um longo período de suspensão, na tarde de ontem, a negociação foi retomada. A Fenaban, no retorno à mesa, argumentou que manterá o modelo atualmente proposto, pois considera que com previsão de queda da inflação e o cenário atual do País, este é o único modelo apropriado para o momento. Entretanto, para os representantes dos bancários esse modelo não é bom para o bancário e os argumentos de "cenário de crise" definitivamente não cabe num setor de lucros tão grandes quanto os bancos.

Gladir Basso, no encerramento da negociação de ontem, disse na mesa que a retomada da negociação nesta quinta-feira terá que ser com foco na essência da reivindicação da classe, que é o INPC dos últimos doze meses mais 5% de aumento real. Gladir também deixou claro que a campanha salarial dos bancários não será tratada numa eventual "greve geral" que venha a acontecer.

Fonte: Alex Moreno/Assessoria

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