A Polícia Federal de Foz do Iguaçu desencadeou na manhã de quarta-feira (20) a Operação Lixo Tóxico. A ação cumpre 20 mandados de busca e apreensão, quatro de condução coercitiva, além de mandados de intimação para prestar esclarecimentos, todos expedidos pela 5ª Vara Federal de Foz do Iguaçu.
Os delitos investigados são de corrupção ativa, poluição ambiental, contrabando e associação criminosa.
De acordo com a Polícia Federal, empresas atuantes no ramo de comércio da baterias automotivas importavam, do Paraguai, produtos usados. A prática é proibida por lei, por conta da toxidade das substâncias que compõem interna e externamente as carcaças deste material. A PF também apurou que várias dessas empresas armazenavam as sucatas de forma incorreta e em lugar impróprio.
Uma perícia constatou que, em alguns casos, vazamentos de ácido-sulfúrico e de chumbo, substâncias cancerígenas, penetrassem o solo. O risco é de contaminação do lençol freático e de rios cuja água é consumida pela população que reside nas vizinhanças.
A Operação ainda relata que, insatisfeitos com a forte fiscalização na fronteira, alguns empresários tentaram subornar os servidores municipais, oferecendo dinheiro em troca da omissão no serviço. As penas máximas previstas variam de 3 a 12 anos de prisão para cada um dos crimes citados.
Fonte: Catve