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Rádio Costa Oeste
Marechal Cândido Rondon mais uma vez obteve destaque em
ações praticadas. Desta vez uma auditoria realizada pelo Tribunal de Contas do
Estado apontou boas práticas na área da saúde.
Na conclusão do relatório, a equipe da auditoria reconheceu
melhorias na atenção básica à saúde obtidas pelos municípios e também pelo
Estado, por meio do Programa de Qualidade da Atenção Primária à Saúde (APSUS),
implantado em 2011. "Algo possível de notar durante os trabalhos da
auditoria, sobretudo durante a aplicação das entrevistas aos gestores, foi o
aumento da percepção da importância deste nível de atenção à saúde",
afirmaram os auditores do TCE-PR.
Eles também destacaram três boas práticas encontradas. Uma
delas foi a adoção de selos, pela Sesa, para premiar as unidades básicas de
saúde (UBSs) que oferecem melhores condições de trabalho e atendimento. O
segundo bom exemplo foi a padronização das Unidades Básicas de Saúde em
Marechal Cândido Rondon.
Problemas
Falta de capacitação e de plano de cargos e salários para os
profissionais; deficiências no levantamento de necessidades da população e no
planejamento dos serviços; falta de diagnóstico para a alocação de pessoal;
estrutura de tecnologia da informação insuficiente. Essas são as principais
deficiências na atenção básica à saúde oferecida pelo Estado e os municípios
aos cidadãos paranaenses, apontadas em auditoria operacional realizada pelo
Tribunal de Contas.
A auditoria executada no Paraná pelo TCE integrou
levantamento nacional coordenado pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Um dos
objetivos foi verificar se as políticas e diretrizes adotadas pelos governos
estaduais e municipais estão alinhadas à Lei 8.080/90, que instituiu o Sistema
??nico de Saúde (SUS) no Brasil. No total, 28 TCs assinaram o acordo de
cooperação técnica com o TCU para a auditoria integrada.
A auditoria também buscou apurar se as ações municipais e
estaduais favorecem a melhoria das condições de saúde da população no que se
refere à atenção básica, considerada a porta de entrada do SUS. Auditoria
operacional (AOP) é uma modalidade de fiscalização que busca obter diagnóstico
completo de uma área ou programa do serviço público de grande interesse da
população, recomendando aos gestores melhorias para corrigir as falhas
encontradas.
Estado e 38
municípios
No Paraná, a auditoria foi realizada em 2014, por uma equipe
de quatro servidores da Coordenadoria de Fiscalizações Específicas do TCE-PR.
Os analistas de controle avaliaram os programas e ações da Secretaria Estadual
da Saúde (Sesa) e do Conselho Estadual da Saúde. E também o trabalho das
secretarias, conselhos e unidades básicas de atendimento à população em 38
municípios selecionados - amostra que representa cerca de 10% dos 399
municípios paranaenses. Neste grupo estão as cinco cidades mais populosas do
Estado: Curitiba, Londrina, Maringá, Ponta Grossa e Cascavel.
Num relatório com 165 páginas, os técnicos apontaram sete
deficiências na atenção básica à saúde oferecida pelo Estado e os municípios
auditados: falta de capacitação específica das várias categorias de
profissionais de saúde; ausência de diagnóstico das necessidades de alocação de
pessoal para a atenção básica; falta de plano de cargos e salários; estrutura
de tecnologia da informação insuficiente para o sistema estadual de saúde;
pagamentos a terceiros sem a devida retenção de impostos; deficiência no
levantamento estadual e levantamentos municipais de necessidades da população e
planejamento dos serviços de atenção básica; e limitação na gestão e contra
referência de profissionais de média e alta complexidade, limitando o acesso da
população a esse formato de atendimento.
Monitoramento
Ao aprovar integralmente o Relatório de Auditoria, relatado
pelo conselheiro Nestor Baptista na sessão de 6 de outubro, o Pleno do TCE-PR
recomendou à Sesa a adoção de medidas para corrigir as sete falhas apontadas
pelos técnicos. As conclusões da auditoria já haviam sido apresentadas à pasta
estadual antes da elaboração do relatório. O Pleno também determinou que as
unidades técnicas do Tribunal encarregadas da fiscalização da secretaria
monitorem a implementação das medidas corretivas.
A aprovação do relatório seguiu a instrução técnica da Cofie
e o parecer do Ministério Público de Contas (MPC).
Fonte: Alex Moreno/Assessoria