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Polícia encontra corpo de mulher em investigação contra exploração sexual no MS

  • 23/11/2016
  • Foto(s): Divulgação / Polícia Civil
Polícia encontra corpo de mulher em investigação contra exploração sexual no MS
A Polícia Civil encontrou, na tarde dessa terça-feira (22), o corpo de uma mulher, em estado de decomposição, de aproximadamente 37 anos, em região de chácaras atrás do Parque dos Poderes, em Campo Grande-MS. Já é a quarta vítima de esquema de exploração sexual e tráfico de drogas encontrada pela polícia. As investigações apontam que pelo menos dez pessoas desapareceram desde 2010, vítimas do grupo criminoso.

Equipes de investigação estão no local, que foi apontado por três suspeitos presos pelo envolvimento nos crimes.

A retroescavadeira que auxiliava nas buscas foi para outro local onde, segundo os suspeitos, estariam enterradas outras pessoas.

Durante a manhã de terça (22), os investigadores encontraram roupas que seriam de vítimas.

INVESTIGA????O

A polícia começou a investigar o caso em setembro, quando Leandro Aparecido Nunes Ferreira, de 28 anos, considerado um dos líderes do grupo, morreu depois de ser ferido a tiros e se envolver em um acidente, no dia 6 de setembro, na BR-163, em Campo Grande.

Durante as apurações do caso, a polícia descobriu que um adolescente tinha matado Leandro porque o irmão desse menino estava desaparecido e era vítima do grupo liderado pelo criminoso. A partir daí, o adolescente colaborou com a polícia e deu detalhes sobre o esquema.

Conforme a delegada, Leandro e pelo menos mais sete pessoas, entre elas duas mulheres, aliciavam adolescentes que viviam nos bairros citados no início da reportagem para que eles fossem abusados sexualmente. As vítimas, conforme a delegada, eram vulneráveis e muitas delas viviam em situação de miséria.

Além de lucrar com os programas sexuais a que os adolescentes, meninos e meninas, eram submetidos, o grupo também ganhava com o aumento do tráfico de drogas na região.

Comerciantes e moradores dos bairros tinham conhecimento do esquema, segundo a polícia, mas temiam denunciar o caso. Casas e estabelecimentos comerciais, inclusive, eram usados pelos criminosos como ponto de encontro entre os abusadores e as vítimas.

Quando algum adolescente queria deixar o esquema ou se desentendia com cliente ou líder do grupo, os bandidos desapareciam com as vítimas. A suspeita da polícia é que os adolescentes eram assassinados.

Fonte: Correio do Estado

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