Marechal Cândido Rondon, assim como centenas de municípios do estado e milhares do país, vivem um momento delicado quanto a falta de vacinas básicas para a população, que são de responsabilidade do Governo Federal, através do Ministério da Saúde. O que confirma este problema são as várias notícias que podem ser encontradas em muitos veículos de comunicação.
Hoje Marechal Rondon enfrenta e falta de vacina antirrábica, para pessoas que foram mordidas ou arranhadas por cães e gatos, hepatite A, poliomielite via oral e a tetraviral que previne contra sarampo, rubéola, caxumba e varicela.
Conforme a Secretária de Saúde rondonense, Elveni Capitani Turmina, a Mari, o município tem enviado todos os meses solicitações para a 20ª Regional de Saúde de Toledo para que o estoque de vacina seja reposto, porém, a informação repassada é que o Governo do Estado não tem recebido regularmente doses das vacinas do Ministério da Saúde e por isso, o problema persiste por vários meses. ???Sabemos que é um problema que está sendo enfrentado por muitos municípios. Esperamos que seja sanado o mais rápido possível, sendo que a nossa parte está sendo feita???, apontou Mari.
Conforme informações repassadas pelo Ministério da Saúde, o desabastecimento de vacinas é causado por problemas técnicos e operacionais, porém, não informa maiores detalhes.
Vacinas disponíveis
A enfermeira responsável pelo Setor de Epidemiologia da Unidade de Saúde 24 Horas, Vera Lehr, menciona que a falta de algumas vacinas não é motivo para que os pais deixem de levar seus filhos para tomarem outras imunizações que estão disponíveis nos postos de saúde. ???Temos a disposição da população nos postos de saúde da sede e do interior vacinas que previnem a hepatite B, meningite, pneumonia, coqueluche, difteria, tétano, tuberculose, entre outros. Por isso os pais devem levar os filhos para que sejam imunizados. Esperamos que, em breve, tudo seja normalizado???, destacou.
Soro antiofídico
Outro problema enfrentado em Marechal Cândido Rondon é a falta de soro antiofídico, que é um medicamento para tratar picada de cobras venenosas. A Secretária de Saúde explica que no ano passado a 20ª Regional de Saúde de Toledo enviou um e-mail explicando que o soro antipeçonhento não seria mais disponibilizado aos municípios na forma de estoque e que, para obter a medicação, caso seja constatada a necessidade de tratamento em algum paciente, é necessário que o município faça a solicitação para a Regional. ???Nos foi informado que não há mais soro para estoque. Agora, quando uma pessoa for picada por cobra, o médico faz o diagnóstico e solicita o soro antiofídico a para a Regional. Um motorista, então, deve ir até o município de Toledo buscar a medicação. O paciente não fica sem tratamento, porém, a demora até receber o soro é maior???, destacou Mari.
Sobre esta questão, a informação repassada pela 20ª Regional de Saúde é que o Instituto Butantan de São Paulo, responsável pela produção do soro no país, não está produzindo a medicação suficientemente, ou seja, a demanda é maior do que a produção. E isso ocasionou a falta do soro nos municípios. ???Trabalho há muitos anos no setor de epidemiologia. Marechal Cândido Rondon sempre foi referência em soro antiofídico inclusive, fornecendo para outros municípios. Apesar de todos os esforços dos gestores na área da saúde do município, não conseguimos mudar este quadro. Esperamos que em breve possamos ter novamente estoque da medicação do município???, acrescenta Vera Lehr
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Outra preocupação
Mais um problema que vem afligindo os gestores da saúde em Marechal Cândido Rondon foi o anúncio, na semana passada, que o Hospital Bom Jesus, de Toledo, irá fechar 10 leitos de terapia intensiva para adultos que atendem o Sistema ??nico de Saúde (SUS). Segundo a direção o não credenciamento dos leitos no Ministério da Saúde, que possibilita o repasse financeiro para o Hospital, é a causa do fechamento. A casa hospitalar ficará ainda com 10 leitos atendendo pelo SUS, que estão devidamente cadastradas.
Conforme a Secretária de Saúde, a Mari, a notícia trouxe muita preocupação. ???Já tínhamos dificuldades em conseguir leitos de UTI. Com o fechamentos destes 10 leitos, o problema será ainda maior. São 18 municípios que são atendidos pelo hospital e que terão apenas 10 vagas. Os pacientes terão que ficar na espera junto a central de leitos e do SAMU, que poderá encaminha-los para hospitais de todo o Estado, caso haja vagas. A população vai sofrer muito com isso. Esperamos que o Governo Federal se sensibilize para que o Hospital Bom Jesus volte a atender como antes???, defende.
Fonte: Assessoria