A Justiça de São Paulo começa a julgar nesta terça-feira (29) o empresário Lírio Parisotto, de 62 anos, pela acusação de agredir sua ex-mulher, a atriz, modelo e empresária Luiza Brunet, de 54 anos, em maio deste ano, nos Estados Unidos, e em dezembro de 2015, no Brasil.
A juíza Elaine Cristina Monteiro Cavalcante, da Vara do Foro Central da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher marcou a audiência de instrução, debates e julgamento do caso para as 13h, no Fórum Criminal da Barra Funda, Zona Oeste da capital paulista. Parisotto teve negado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) um pedido de habeas corpus para cancelar a audiência.
A magistrada quer ouvir o depoimento de Luiza e interrogar Parisotto. Também serão ouvidas as testemunhas de acusação (uma amiga da atriz) e de defesa (cerca de cinco pessoas ligadas ao empresário).
A juíza poderá dar a sentença após o julgamento ou ainda decidir dias depois se condena ou absolve o réu.
Parisotto é acusado pelo Ministério Público Estadual (MPE) de ter cometido dois crimes contra Luiza: de lesão corporal grave e leve. O empresário pode ser condenado e receber uma pena de 1 ano e meio até oito anos de prisão, já que ele está sendo responsabilizado nos termos da Lei Maria da Penha, que endurece a pena.
De acordo com a acusação, o primeiro crime, de "lesão corporal grave", ocorreu no dia 15 de dezembro do ano passado, no apartamento do empresário em São Paulo, quando o então casal discutiu e ele quebrou um dos dedos da mão da atriz ??? de acordo com laudo indireto feito pelo Instituto Médico Legal (IML) a partir da radiografia que a vítima tirou à época.
O segundo crime, de "lesão corporal leve", foi em 21 de maio de 2016, em outro apartamento do então marido, em Nova Iorque, nos Estados Unidos, segundo Luiza. No dia 29 de junho, ela procurou a Promotoria em São Paulo, cidade onde Parisotto mora, e contou que ele deu um soco no olho dela, a chutou e quebrou quatro de suas costelas ??? conforme constatou posteriormente laudo pericial.
Procurado nesta quarta-feira (5) pela reportagem para comentar o assunto, o promotor Carlos Bruno Gaya da Costa, do Grupo de Atuação Especial de Enfrentamento à Violência Doméstica (Gevid), disse que não poderia falar sobre o caso porque ele está sob sigilo judicial.
Fonte: G1