A taxa de detecção de novos casos de HIV/aids no Paraná subiu 9% em dez anos, passando de 17.1 novos casos para cada grupo de 100 mil habitantes em 2006 para 18.1 em 2015. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde, ontem. Atualmente, mais de 827 mil pessoas vivem com aids no País. Por outro lado, a taxa de mortalidade caiu no mesmo período, passando de 5.2 casos por 100 mil para 4.6. Hoje, é o Dia Mundial de Luta Contra a Aids.
No País todo, apenas sete estados conseguiram reduzir a taxa de detecção ??? São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Distrito Federal, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Espírito Santo. O estado gaúcho, apesar de aparecer entre os que reduziram a taxa de detecção, ainda é o campeão de casos no Brasil.
O primeiro diagnóstico de Aids/HIV no Paraná foi feito em 1984. Desde então, até novembro deste ano, foram registrados 48.827 casos no Estado. Neste ano, até o o dia 18 de novembro, já foram diagnosticados 2.462 casos de Aids e HIV no Paraná (833 de Aids e 1629 de HIV).
Para marcar a data e estimular a prevenção da doença, a Secretaria Estadual da Saúde oferece testes rápidos para detecção do vírus HIV por meio de fluído oral (saliva). A ação acontece na Praça Rui Barbosa, em Curitiba, das 9 às 16 horas de hoje. No espaço também haverá distribuição de materiais educativos e preservativos.
Para fazer o teste rápido, é necessário estar sem comer, beber, fumar, escovar os dentes ou praticar qualquer atividade que possa deixar resíduos orais nos 30 minutos que antecedem ao procedimento. Se estiver utilizando alguma maquiagem na região da boca, como batom, ela deve ser retirada.
Com a mesma qualidade de outros testes, o resultado sai em até 20 minutos. As pessoas diagnosticadas com a doença são orientadas a procurar imediatamente uma Unidade de Saúde da região. Todo tratamento é feito gratuitamente pelo sistema público de saúde.
Gênero
No País, os casos em mulheres apresentam queda em todas as faixas etárias, sobretudo entre as que têm de 25 a 29 anos. Em 2005, eram 32 casos para cada 100 mil habitantes. Em 2015, esse número chegou a 16 casos por 100 mil habitantes. Já entre jovens do sexo masculino, a infecção cresceu em todas as faixas etárias. Dos 20 a 24 anos, por exemplo, a taxa de detecção subiu de 16,2 casos para cada 100 mil habitantes em 2005 para 33,1 casos em 2015.
Fonte: Bem Paraná