O escrivão da Polícia Civil, Ademilton Joaquim Telles, que atuava na 6ª Subdivisão Policial (SDP) em Foz do Iguaçu foi dispensado das funções. A decisão consta no Diário Oficial do Estado desta sexta-feira (2), assinada pelo delegado-geral da Polícia Civil, Julio Cesar dos Reis.
Teles foi preso preventivamente na tarde desta sexta-feira (29) em operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Ele é acusado de fraudes em licitação, falsidade ideológica, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
De acordo com a Polícia Civil, o servidor perderá 1/3 do salário de funcionário público. O desconto será mantido enquanto ele permanecer preso. De acordo com o Portal da Transparência, o salário bruto do escrivão é de R$ 8.564,09. Isso significa aproximadamente 2.850,00 a menos no fim do mês.
Quanto à função gratificada, pela qual recebe R$ 2.973,20 sem descontos desde fevereiro deste ano, a Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária informou que vai aguardar ter acesso aos autos para apreciar a questão. Teles está na Polícia Civil desde 16 de outubro de 2000, ocupando cargo efetivo.
Além de responder na esfera criminal pelos apontamos do Ministério Público (MP), a Corregedoria Geral da Polícia Civil vai abrir, paralelamente, um processo administrativo interno para apurar eventuais responsabilidades.
O mandado de prisão de Teles foi expedido pela 3ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu, com base nas investigações do Gaeco. Há irregularidades, segundo o órgão, na celebração de aditivo contratual entre a empresa administrada pelo escrivão e a prefeitura, por meio da Secretaria de Saúde.
Ele foi encaminhado a Curitiba, onde existe um local adequado para receber policiais civis presos. No mesmo dia, o sobrinho dele também foi preso após se apresentar à delegacia. Ele é acusado dos mesmos crimes.
Fonte: Massa News